Após controlar região leste, oposição líbia planeja marcha para Trípoli
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DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
As forças opositoras ao regime do ditador líbio Muammar Gaddafi mantêm nesta sexta-feira o controle sobre a região leste do país país --em cidades como Benghazi, Tobruk e Ajdabiya-- prometendo uma marcha para tentar tomar a capital Trípoli, bastião de resistência do regime. A forças leais ao governo líbio lançaram em contrapartida uma forte ofensiva para tomar o controle das localidades próximas ou a oeste da capital, como Zuwara, Sabratha, Misurata e Al Zawiya.
Segundo o jornal líbio Quryna, 23 pessoas morreram e pelo menos 44 ficaram feridas no ataque das forças de segurança contra a cidade de Zawiya (60 km ao oeste de Trípoli), que tem a maior refinaria de petróleo do país.
Testemunhas disseram que forças do governo atacaram manifestantes em uma mesquita com metralhadoras e armas antiaéreas. Um médico disse ter visto dez corpos e cerca de 150 feridos.
Na terceira cidade do país, Misurata, a 200 km da capital, foram registrados combates pelo controle do aeroporto. Vídeos postados na internet mostraram os opositores celebrando, sugerindo que a cidade está sob mãos das forças anti-Gaddafi.
Já em Trípoli, testemunhas afirmam que a situação é relativamente calma. A cidade está sendo patrulhada pelas forças especiais de Gaddafi, que "estão por toda parte", como contou à emissora BBC por telefone um morador da cidade.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
"Em aberta e contínua violação das leis internacionais, a repressão das manifestações pacíficas na Líbia se intensifica de forma alarmante, com notícias de massacres, detenções arbitrárias e torturas de manifestantes", declarou Pillay.
O Conselho de Segurança da ONU, por sua vez, afirmou em nota que irá se reunir durante o dia em Nova York para discutir medidas de pressão sobre Gaddafi.
O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, também convocou nesta sexta-feira uma reunião urgente da aliança para debater a situação na Líbia, possíveis medidas de evacuação e assistência humanitária no país árabe.
"A situação na Líbia é um grande motivo de preocupação. A Otan pode atuar para facilitar e coordenar, sempre e quando os Estados-membros quiserem tomar medidas", acrescentou Rasmussen.
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